O post abaixo me fez pensar, refletir e voltar pra realidade transformada.
Felipe Silva me "obrigou" a reproduzir seu texto.
Como estou feliz por ter um jornalista desse naipe que torce pelo nosso Avaí.
Foi mesmo um "barulho" que ele provocou em minha atenção, e consequentemente em minha consciência.
Muito Barulho por pouco:
"Pelo que li e ouvi nos últimos dias, parece que, se o Avaí tropeçar no domingo, está eliminado do campeonato. “Meu Deus, não vai vencer o turno, tá tudo perdido!”, é mais ou menos o que dizem. Acho que falta conhecer melhor o regulamento do campeonato.
Se o Figueirense vencer o turno – e ele deve vencer -, isso não garante que ele estará na final. Ainda tem semifinal, que envolve o campeão do turno, o campeão do returno e mais dois do índice técnico, ou três, se o mesmo time ganhar os dois turnos. Ou seja, vou repetir pela milésima vez: o importante é chegar entre os quatro. Ganhar turno é legal, dá vantagens, pode ser importante, mas não garante nada. Dos últimos sete campeonatos, três (2005, 2007 e 2008) foram vencidos por times que decidiram fora de casa.
A campanha do Avaí não é ruim. São 15 pontos em oito jogos, um aproveitamento de 62,5%. É melhor que o aproveitamento do primeiro turno de 2009, quando fomos campeões, e de 2011, quando estávamos na Série A. Ruim foi a atuação contra o Joinville, quando o time se arrastou em campo e, pra completar, o treinador deu uma entrevista pós-jogo que nos deixou ainda mais confusos: afinal, o que aconteceu que ele e a comissão técnica não podem interferir? Nas demais partidas, as que ganhamos e as que perdemos, não vimos nada que não fosse esperado, para bem e para o mal.
“Ah, mas o Avaí só ganhou dos fracos e perdeu pros mais fortes”. Ganhou do Criciúma. “Ah, mas o Criciúma é ruim”. É ruim e tem dois pontos a mais que o “forte” JEC. Além disso, jogamos contra Joinville e Chapecoense fora (igual ao Figueirense, o da Série A, que somou apenas um ponto contra esses dois rivais) e ganhamos do Atlético de Ibirama, que chega à última rodada brigando pelo título do turno. Faltou dizer que estamos atrás apenas do time mais rico do estado e da atual campeã. Mas claro, isso ninguém fala, a campanha é ridícula, estamos sendo humilhados, é uma vergonha, e por aí vai.
Marcinho Guerreiro, o grande capitão injustiçado que o malvado Gallo mandou embora, hoje não presta pra nada. Moretto, a muralha da Série A, virou um frangueiro. Mauro Ovelha, o treinador que disputou cinco finais em oito anos, é uma besta quadrada que não entende nada de futebol. Claro, que, sentando no sofá vendo jogo e tomando meu uísque (ZUNINO, 2012) é que entendo.