domingo, 21 de fevereiro de 2010

Não foi ao acaso. Parte II



Esse jogo me fez lembrar Avaí x Chapecoense, a torcida gritando é campeão, veio aquela virada histórica e então... fomos buscar o título.
Um empate aos 49 minutos do segundo tempo numa bola desviada, nos deixa a mesma sensação daquele momento em que estamos chupando um sorvete delícioso, e quando falta a última lambidinha, ele vai ao chão. Ou quem sabe quando estamos quase lá, no climax do amor, e o telefone toca. Ou quem sabe a mesma agonia de quando estamos prontos para o primeiro beijo e a boca desejada se desvia da nossa.

Assim é o sabor dessa bola desviada na direção do nosso gol no último segundo. Empurrados num abismo, que caiamos por vários minutos mas não chegamos ao chão. O campeonato ainda não acabou.

Nada disso estariamos sentindo se um homem apitasse a falta cometida em Medina dentro da área aos 45 minutos do segundo tempo. Agora, se esse homem cumprisse seu papel, estariamos nos delíciando com o sabor do sorvete, com o climax vitorioso, com o gosto do primeiro beijo, se o "dormente" que estava com a latinha na boca, marcasse o pênalti em Medina.
Esse sabor amargo não foi ao acaso, foi ao "acácio", esse que impediu o primeiro beijo de 2010 na boca dos avaianos.

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